A pandemia global pelo novo coronavírus causou drásticas transformações na economia mundial, afetando diversos setores de maneira sem precedentes. Entre eles, o segmento de seguros, com as seguradoras em Portugal a sentir os efeitos dessa realidade da COVID-19 e a reformulação das suas estratégias para sobreviverem.
A realidade da queda de receitas, aumento de sinistros e possíveis falências faz parte do atual cenário vivido pelas seguradoras portuguesas. Ademais, regras mais rígidas de solvência, impostas pelos órgãos reguladores da União Europeia, colocaram ainda mais pressão sobre a sustentabilidade financeira dessas empresas.
As restrições impostas a nível mundial para conter a propagação do vírus trouxeram consigo uma queda acentuada das atividades econômicas. Esta diminuição dos negócios resultou em uma queda das receitas das seguradoras ligadas aos seguros de empresas, de viagens e ao setor automóvel. Do outro lado da balança, seguros de saúde e de vida registaram um aumento de sinistros, pressionando as contas destas empresas.
No entanto, apesar desses desafios, as seguradoras também encontraram oportunidades. A digitalização acelerada pelo contexto pandémico permitiu um salto no desenvolvimento de canais online para o atendimento aos clientes e a oferta de produtos. Além disso, houve um aumento da consciência da população sobre a importância dos seguros, o que pode abrir portas para novos negócios.
As seguradoras portuguesas têm agora o desafio de garantir a sustentabilidade a longo prazo. Para isso, precisam adaptar-se a uma nova realidade e aperfeiçoar os modelos de negócios, sem esquecer da regulação e dos mecanismos de proteção ao cliente. Adaptar-se ao novo normal e ser resiliente é o caminho a seguir para o setor segurador português no pós-pandemia.